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Lata, plástico, papel e vidro, cada um tem uma cesta especial"
Esse é um trecho do Rap da Reciclagem, uma animação veiculada na televisão pela TV Cultura, por meio do programa infantil Castelo Rá Tim Bum.
Trata-se de uma animação que traz informações sobre as formas de reciclagem e o reaproveitamento dos resíduos enviados ao lixo para a produção de novos materiais.
É bem interessante, particularmente para o público infantil, já que apresenta de uma forma engraçada e com música ao fundo a questão da reciclagem e a sua importância para a preservação do meio ambiente.
Assista ao vídeo: Castelo Rá Tim Bum - Ratinho - Rap da Reciclagem
No dia 22 de maio, eu Rosangela Ponce e Roberta Bueno, fomos visitar o senhor Zagati, criador de uma brilhante idéia, o mine Cine Tupy, por quem fomos muito bem recebidas e nos contou sua bela história, que é um exemplo de vida.
Seu pequeno cinema, situado na periferia de Taboão da Serra, foi construído com materiais, que segundo ele “serviria para entupir bueiros e aumentar os aterros sanitários”. O lugar é pequeno, cheio de pôster principalmente do seu maior ídolo, o Mazzaropi, projetores e muitos objetos antigos que vieram do lixo. O nome no cine Tupy é uma homenagem ao único cinema que existiu em Taboão da Serra nos anos 60.
Zagati não para por aí, afirma que agora seu sonho é construir um pequeno museu em Taboão da Serra.
Ele é um senhor cativante cheio de idéias, embora não tenha freqüentado uma universidade, é dono de uma imensa cultura e expande seu conhecimento à comunidade local.
Ele continua com o ofício de catador, agente ambiental, como ele gosta de ser chamado, devido a grande colaboração com a ecologia, evitando que diversos materiais vá parar em esgotos ou dentro dos rios.
Ele encerra sua entrevista dizendo “Quem trabalha como catador não volta para casa sem dinheiro no bolso, só não pode gastar com bebida”
O Brasil carece de pessoas como Zagati, que acreditam em seus sonhos e em um país melhor.
Muito obrigada senhor Zagati.
Rosangela Ponce
É cada vez mais alarmante a situação do excesso de lixo nas grandes cidades brasileiras. Diariamente, toneladas de detritos são produzidas e despejadas em aterros sanitários, nas ruas, em terrenos a céu aberto, colocadas à beira de estradas e até jogadas em mares e rios, prejudicando o meio ambiente e comprometendo a vida das futuras gerações.
De acordo com o IBGE, 76% do lixo das grandes cidades são jogados a céu aberto. Embora muito esteja sendo feito nesta área no Brasil, ainda são poucos os materiais aproveitados no país. Um bom exemplo são as latas de alumínio, cuja produção é 63% reciclada. O lixo industrial apresenta índices maiores de reciclagem.
“O destino do entulho e seu acondicionamento inadequado têm trazido graves problemas a todos, incluindo riscos à saúde pública. Como cada brasileiro produz, em média, um quilo de lixo doméstico por dia, se a pessoa viver 70 anos terá produzido em torno de 25 toneladas. Multiplicando este exemplo pela população brasileira, o problema alcança dimensões inimagináveis”, alerta o arquiteto urbanista especialista em gestão ambiental, João Ricardo Magalhães Gonçalves, sócio-diretor da ECCOX Ambiental, empresa especializada em projetos e consultoria nas áreas de engenharia e arquitetura ambiental. Leia mais